Respire fundo e sorria, pois a resposta é definitivamente um “Sim”! Se você ou alguém que você conhece tem um queixo grande, ou, como mudanças no mundo médico, uma condição de Classe III ou prognatismo, quero que saiba que uma solução eficaz é possível. No entanto, o caminho para o sucesso começa com um diagnóstico preciso.

 

Em situações incontáveis, o diagnóstico do prognatismo é desviado ao se focar apenas na oclusão dos dentes, ignorando completamente a funcionalidade vital e a fisiologia da Articulação Temporomandibular (ATM) e dos músculos envolvidos. Este é o lugar onde muitos tropeçam. Por isso, se o seu queixo grande for motivo de preocupação, procure um profissional que compreenda esta complexidade.

Tenho visto uma enxurrada de casos classificados como “cirúrgicos” em minha longa jornada de mais de uma década trabalhando com Ortopedia Funcional e Ortodontia. Para minha surpresa, após um diagnóstico preciso, esses casos de queixo grande foram resolvidos com sucesso apenas com o uso de aparelhos ortopédicos funcionais corretamente indicados.

Uma coisa crucial que todos nós devemos entender é que a mandíbula é um osso móvel. Ela se conecta ao crânio através de músculos e ligamentos e tem ligação com a língua e o osso hióide. Assim, quando se trata de fatores de tratamento para queixo grande, todos esses devem ser minuciosamente analisados. Identificar a causa da Classe III nos permite intervir efetivamente para reposicionar a mandíbula e readequar a musculatura e a língua.

Em termos de crescimento ósseo, a cabeça da mandíbula, que é parte da ATM, segue um padrão diferente da maioria dos outros ossos do corpo. Ela apresenta crescimento endocondral, não intramembranoso, como os ossos longos do corpo. Esse fator é um trocador de jogo, pois permite mudanças na direção de crescimento da mandíbula, auxiliando na correção do queixo grande sem prejudicar a funcionalidade.

Dor na mandíbula

Com o avanço da ciência, as técnicas neurofisiológicas têm sido cada vez mais utilizadas na gestão da ATM para os tratamentos do prognatismo. Isso tem sido uma virada de jogo, pois além de um diagnóstico mais preciso, essas técnicas ajudam a determinar a melhor posição funcional para os músculos envolvidos, tratados em cada vez mais personalizados e eficazes para o queixo grande.

Pacientes com prognatismo normalmente relatam dificuldades para mastigar, dor ao movimentar a mandíbula e, quase sempre, insatisfação com a aparência. Para todos vocês que estão lidando com o desafio do queixo grande, eu fortemente esperava uma avaliação por um profissional especializado para garantir um diagnóstico preciso. Isso pode potencialmente reduzir o número de cirurgias, permitindo o tratamento eficaz