Recebeu um diagnóstico de DTM, disfunção temporomandibular?

Então você tem, na verdade, uma patologia da ATM (articulação temporomandibular).

Bom, na verdade os sintomas são os mesmos: dor de cabeça, na face ou nos ombros.

O que muda é o tratamento.

Isso mesmo!

Enquanto a primeira apenas camufla o sintoma, a segunda simplesmente resolve a causa.

A grande questão é que ao tratar o sintoma você corre um sério risco de voltar a sentir as dores ou até comprometer outro músculo ou articulação.

Calma, não fique preocupado.

Nesse artigo você vai entender exatamente as diferenças entre DTM e patologia da ATM e qual o melhor tratamento a ser feito.

Aproveite as informações!

O que é DTM? DTM é a sigla para disfunção temporomandibular, o nome dado ao conjunto de alterações relacionas às articulações da boca e aos músculos que trabalham nos movimentos da mandíbula.

Os sintomas são dores de cabeça, na face, no pescoço ou na boca e a sua causa é considerada multifatorial.

Isso significa que o tratamento envolve apenas o controle dos sintomas, geralmente orientando o paciente a aprender a conviver com eles.

Em outros casos, existe o entendimento de que os problemas com a articulação temporomandibular (ATM) estão relacionados ao estresse e, portanto, é indicada uma terapia que leve a administrar a ansiedade.

Mas afinal, esses diagnósticos e intervenções aprofundam na real causa do problema?

Infelizmente não.

Eles são paliativos e, portanto, atuam apenas no sintoma e nunca no motivo da dor.

É correto dizer que o paciente tem DTM articular ou DTM muscular?

Se é certo falar sobre DTM articular e DTM Muscular?

Bom, são formas de entender a situação, porém, não são as maneiras mais adequadas de resolver o seu problema.

Basicamente, o profissional pede que o paciente coloque o dedo exatamente onde sente a dor.

Se ele apontar em direção ao músculo, então se trata de DTM muscular.

Porém, se ele indicar a articulação temporomandibular, então é a articular.

E é claro que as abordagens terapêuticas são diferentes para cada caso.

Enfim, como dito no tópico anterior, isso é apenas a localização da dor.

Mas acontece que ela pode ser simplesmente um espasmo ou hipofunção que faz com que a musculatura tente compensar a deficiência na ATM.

Portanto, não adianta apenas tratar o incômodo se o problema continuar ali.

Vamos a um exemplo prático?

Imagine que o seu joelho esquerdo não está bom e que você começa a usar mais a perna direita para se locomover.

Obviamente, cedo ou tarde ela ficará sobrecarregada e, consequentemente, começará a doer.

Adianta tratar apenas essa dor?

Não seria mais eficaz resolver de uma vez o problema do joelho esquerdo?

Quais são os tratamentos mais comuns da DTM?

Você vai conhecer agora os tratamentos mais comuns para a DTM.

Confira!

Todos eles se concentram apenas na dor e não na causa e, portanto, não resolvem o seu problema de fato.

1 – Botox

Basicamente, o botox faz um músculo que está doendo parar de funcionar.

Isso mesmo!

Trata-se da inativação na função muscular com excesso de funcionamento.

É assim: a articulação está com um problema e o músculo passa a trabalhar mais do que o normal para compensar a alteração na ATM, certo?

Este funcionamento a mais, o espasmo, causa uma dor, avisando o corpo de que alguma coisa não está bem.

O que essa toxina faz é paralisá-lo, simples assim.

Se é adequado?

Não!

O certo seria fazer com que os músculos trabalhassem normalmente.

Afinal de contas, o que será da articulação se eles pararem de se movimentar?

O mais sensato, portanto, é corrigir a articulação e manter o funcionamento natural da musculatura.

Isso não só vai sanar a dor, como também vai resolver o problema de uma vez por todas.

E se a natureza colocou esses músculos lá, então quer dizer que eles precisam trabalhar, concorda?

2 – Placa miorrelaxante

O que é placa miorrelaxante

As placas miorrelaxantes levam a um relaxamento muscular, simples assim.

O único problema é que os músculos só doem por duas razões: ou por hiperfunção ou por hipofunção.

Enquanto na primeira eles trabalham em excesso, que é justamente o espasmo, na segunda eles simplesmente não funcionam ou apresentam uma atividade bastante reduzida.

E sem a medição dos seus funcionamentos, de nada adianta colocar uma placa.

Isso mesmo!

É só pensar na hipofunção.

Se o músculo nem sequer funciona, não tem porque fazer com que ele relaxe, certo?

Outro ponto um tanto quanto interessante é a recomendação de uso, que geralmente é noturna.

Só que a maioria dos músculos trabalha durante o dia, como os da mastigação, por exemplo.

E é justamente esse o momento em que faria sentido o uso de algo que levasse ao relaxamento.

3 – Discopexia

Trata-se de uma técnica cirúrgica em que o disco é reposicionado na cabeça da mandíbula e mantido em posição por meio de uma âncora que fica na parte posterior da cabeça da mandíbula.

Porém, se o disco está fora do lugar, isso significa que algum fator causou o seu deslocamento, como posteriorização do côndilo ou mudança no eixo do seu crescimento, processos sistêmicos, etc.

E se o reposicionamento for realizado sem que seja removido o que causou a desafixação, pode ter certeza de que é só uma questão de tempo para que o insucesso do procedimento apareça.

Isso porque o disco será mantido em posição à força e esse foi justamente o motivo que causou o seu deslocamento.

Veja bem: se ele está fora do lugar por falta de espaço, ao ser recolocado e mantido por meios mecânicos sem que seja devolvido o ambiente que necessita, certamente ficará instável.

Enfim, parece que essas alternativas não são tão eficazes.

Mas como resolver a situação da musculatura, afinal?

Corrigindo e tratando a articulação e não fazendo compressa, aplicando botox ou utilizando remédios para o desconforto muscular.

Isso tudo é paliativo e apenas controla o incômodo temporariamente.

Que bom que existe sim uma solução para o problema, que envolve um tratamento completamente diferente.

Quer saber qual é?

Você vai conhecer melhor daqui a pouco!

DTM x Patologia da ATM

Quando um profissional diz que você tem DTM, o certo seria ele dizer que você tem uma patologia da ATM.

Exatamente!

Os sintomas?

São os mesmos: dor de cabeça, na face, na boca ou nos ombros.

O que muda é a forma de diagnosticar e de tratar.

Com relação ao diagnóstico, você sabia que pode ser uma infecção bacteriana na ATM, um trauma físico na infância e até um comprometimento sistêmico?

Sim, tudo isso.

O mínimo que precisa ser feito é uma ressonância para entender como está a sua articulação.

Portanto, o primeiro passo é buscar um especialista.

Ele avaliará de onde vem o desconforto e em seguida vai propor um tratamento específico para solucionar o problema de uma vez por todas.

Afinal, cada paciente é único, assim como cada terapia.

Qual é o tratamento para ATM?

O primeiro a ser feito, antes de entrar no tratamento para ATM, é uma consulta com um profissional especializado.

Sim, aquele que vai na causa e não apenas no sintoma.

Ele levantará informações desde o seu nascimento, como tipo de parto, doenças da infância, traumas físicos, local em que nasceu, alimentação, contato com contaminantes ambientais, funcionamento do intestino, sintomas e evolução, qualidade do sono, desempenho nas atividades laborais, impacto dos sinais no convívio social, expectativa quanto ao tratamento, etc.

Eletromiografia - exame para ATM
Eletromiografia de superfície

Depois, ele realizará o registro fotográfico dos dentes, da oclusão dentária, da face e da postura.

Será feito também um teste de descompressão articular e a sua influência na irritação do sistema nervoso.

Por fim, o profissional deve solicitar os exames de imagem, como a ressonância, por exemplo.

A sorologia bem como outros que verifiquem a condição do seu organismo também podem ser pedidos.

Com os resultados em mãos, você deve retornar ao especialista, que vai analisar todas as informações, inclusive os dados pedidos na primeira consulta.

Assim, ele determinará o fator etiológico que dará início à conduta terapêutica.

Um plano de intervenção será traçado e, ao longo do caminho, conforme você evolui, alguns percursos do tratamento poderão ser alterados.

Bom, na maioria dos casos, o primeiro a ser feito é o reposicionamento ortopédico da mandíbula para uma posição de maior conforto.

A ideia é levar a um funcionamento muscular correto, o que gera descompressão dos tecidos e permite as suas recuperações.

Assim, relação espacial será devolvida junto com as demais estruturas adjacentes.

É muito comum, inclusive, que a cabeça da mandíbula esteja mais para trás do que deveria, levando a um espaço articular diminuído.

Enfim… todas essas intervenções já vão garantir uma boa redução dos sintomas.

Mas elas não são as únicas.

As demais, porém, vão depender da condição de cada paciente.

Lembre-se de que cada caso é um caso e os diagnósticos são muito particulares porque dependem de diversos fatores.

De qualquer forma, os tratamentos podem envolver a solução de uma inflamação na articulação, de uma causa sistêmica dos processos degenerativos, de uma deficiência nutricional, de uma alteração metabólica, de uma patologia da coluna vertebral, de uma alteração hormonal ou de um problema de ouvido.

Pode ser solicitada também uma mudança no estilo de vida, bem como a indicação de medicamentos.

Conclusão

Esse artigo sobre as diferenças entre a DTM e a patologia da ATM foi esclarecedor?

Enquanto a primeira trata apenas a dor ou o sintoma, a segunda entende o que está por trás dele, que, obviamente, varia de paciente para paciente.

Sim, ela vai na raiz do problema para resolvê-lo por completo.

Portanto, a dica é que escolha um profissional especialista, que realmente possa te ajudar a entender de onde vem o seu incômodo.

Pode ser uma infecção bacteriana na ATM, um trauma físico na infância e até um comprometimento sistêmico.

O importante é fazer o levantamento do seu caso e os devidos exames para obter uma conclusão com relação ao correto diagnóstico.

Com base nele virá também o tratamento mais adequado.

Fique esperto!

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