É muito comum ouvirmos por aí que a dor de cabeça é a pior dor que existe.

Bom, se não for a pior, é certamente uma das que mais incomodam as pessoas.

Até porque, ela geralmente faz com que os indivíduos fiquem incapazes de realizar até mesmo as atividades mais simples de rotina.

A dor é responsável também pela redução da capacidade funcional e, inclusive, por um afastamento das tarefas do cotidiano, como trabalho, cuidado com os filhos e estudos.

 

Consequentemente, a pessoa acaba se afastando do contato com amigos e familiares.

Mas será que o diagnóstico de enxaqueca ou de estresse que você recebeu de fato condiz com o real causador do seu problema?

Já pensou que pode estar com um distúrbio na ATM, a articulação temporomandibular, que liga a mandíbula à base do crânio?

Então, se você tem sentido dor de cabeça, leia esse artigo e entenda o que pode estar acontecendo.

O que pode levar à dor de cabeça?

Diversos fatores podem levar à dor de cabeça.

Porém, de acordo com a Organização mundial da saúde (OMS), 56% das pessoas que sentem esse incômodo são acometidas por uma patologia da ATM.

 

Sim, mais da metade!

Obviamente, esse número seria muito menor se os pacientes buscassem uma avaliação com um especialista no momento do aparecimento dos primeiros sintomas.

A seguir, você vai entender melhor sobre a importância do diagnóstico correto e também do tratamento adequado.

Confira!

O que causa a patologia da ATM e qual é o tratamento?

Você sabia que patologia da ATM é o melhor nome para definir o distúrbio da articulação temporomandibular, ao invés do conhecido DTM (disfunção temporomandibular)?

Em especial quando consideramos que a causa não é multifatorial, como geralmente a situação é tratada.

Na verdade, o diagnóstico pode ser infecção bacteriana na ATM, trauma físico na infância, oclusão e até mesmo algum comprometimento sistêmico.

Sim, são muitas situações e cada caso é um caso.

O tratamento, portanto, precisa atacar a causa do problema e o processo patológico que afeta a articulação temporomandibular e não apenas os sintomas.

De qualquer forma, é importante que entenda que trata-se muito mais de um controle do que de uma cura.

A ideia é controlar a situação e ajudar o paciente a viver bem e, obviamente, sem a tão temida dor.

Assim os sintomas simplesmente deixam de existir.

Mas como funciona o tratamento, afinal?

É o que você vai saber agora!

1 – Primeira consulta – levantamento de informações e solicitação de exames

Bom, em primeiro lugar, você precisa ir a uma consulta com um especialista para falar da sua queixa e história de vida.

E ele buscará informações desde o seu nascimento, como tipo de parto, doenças da infância, traumas físicos, local em que nasceu, alimentação, contato com contaminantes ambientais, funcionamento do intestino, sintomas e evolução, qualidade do sono, desempenho nas atividades laborais, impacto dos sintomas no convívio social, expectativa quanto ao tratamento, etc.

Será realizado então o registro fotográfico dos dentes, da oclusão dentária, da face, da postura, além do teste de descompressão articular e sua influência na irritação do sistema nervoso.

Dependendo da situação, outros dados poderão ser colhidos.

Serão solicitados então os exames de imagem, como a ressonância, e, em alguns casos, a sorologia e outros exames que verifiquem a condição do seu organismo.

2 – Segunda consulta – diagnóstico e definição do tratamento

Em uma segunda consulta, o especialista terá em mãos todas as informações fornecidas no primeiro encontro, além dos resultados de todos os exames.

Com esses dados será determinado o fator etiológico que dará início à conduta terapêutica.

E apesar de não ser possível definir exatamente todo o tratamento, um plano de intervenção já poderá ser tranquilamente traçado.

Porém, durante o processo, conforme a evolução do paciente e o sucesso obtido com a terapia, alguns caminhos poderão ser alterados.

3 – Tratamento

Na maioria dos casos, a primeira conduta terapêutica realizada é o reposicionamento ortopédico da mandíbula para uma posição de maior conforto.

Isso vai proporcionar um funcionamento muscular correto, gerando descompressão dos tecidos e permitindo as suas recuperações, o que devolve a relação espacial com as demais estruturas adjacentes.

É muito comum, inclusive, que a cabeça da mandíbula esteja mais para trás do que deveria, levando a um espaço articular diminuído.

A ideia, nessa etapa, é garantir uma boa redução dos sintomas.

As demais vão depender da condição de cada paciente, mas os caminhos podem ser o tratamento de inflamação na articulação, de causa sistêmica dos processos degenerativos, de deficiências nutricionais, de alterações metabólicas, de patologias da coluna vertebral, de alterações hormonais e de situação otológica (ouvido).

Pode ser feita também uma mudança no estilo de vida e a indicação de medicamentos.

Viu como é importante procurar um especialista em ATM para entender as reais causas da sua dor de cabeça?

Quer se ver livre desse problema?

Então é essencial que entenda o diagnóstico e faça o tratamento adequado!